sábado, 20 de novembro de 2021

BiblioTasca | Uma festa de Artes

A pandemia deixou toda a comunidade educativa apreensiva e de sobrolho carregado.
Para “animar a malta” e apresentar de forma divertida e irreverente os livros novos, entretanto comprados com a verba do PNL alocada aos projetos À La Carte e 10 Minutos a Ler, em maio e junho de 2021 a Biblioteca da ES/3 transformou um dos seus espaços num restaurante popular, pondo louça de barro e toalhas garridas nas mesas.
Para operacionalizar o role play, a equipa BE concebeu dois menus, um para os alunos dos 7.º/8.ºanos e o outro para os de 9.ºano/secundário, em que, a par dos pratos do dia (os livros novos), os consumidores/leitores podiam pedir duas espécies de petiscos (poemas), quatro tipos de bebidas (textos e poemas alusivos à água, ao vinho, à sangria – com excertos muito “sangrentos”, e à cerveja - denominada “SerVeja”) e uma sobremesa, que constava de um “fortune cookie” na versão gandaresa, com uma sina embrulhada em papel vegetal lá dentro. Como a refeição era de degustação, a “clientela” podia pedir… tudo!
A decoração do espaço contava ainda com literatura de cordel (anedotas e fotonovelas antigas penduradas em cordas, de parede a parede), uma mesa de take away à porta da biblioteca (em que era possível levar o que houvesse disponível), e um padlet para a crítica “gastronómica” e literária.
Logo no seu início, tornou-se evidente que a BiblioTasca era um acontecimento, com um corrupio de professores a “reservarem mesa” para as suas turmas (20 sessões), no que foram secundados por 5 grupos de docentes, assistentes operacionais e técnicos administrativos da escola (a atividade, planeada para durar quinze dias, acabou por decorrer durante cinco semanas, sempre com marcações).
Durante as “refeições”, a alegria foi um fator dominante: os “comensais”, após “provarem” as iguarias, ofereciam-se para ler em voz alta, individualmente, em pares, em leitura dialogada, em coro e até com fundo musical do telemóvel a acompanhar!
Para abrilhantar a BiblioTasca, foi ainda possível juntar happenings a seis sessões – a declamação da poesia “Liberdade”, de Fernando Pessoa, pela professora Ana Paula Parreira (fantasiada de ébria); e a narração de contos por Sofia Souto Moniz (fantasiada de contadora de outras eras).
Graças a toda esta dinâmica, a atividade deu tanto que falar, que consensualmente foi alargada ao 6.ºano, incorporando a ação “Jantar & Cinema”.